sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dias sem flores




Não me dêem flores enlaçadas ou por enlaçar.
As flores envelhecem em jarras depois do momento em que deveriam aquecer as mãos.

Antes não as ter …

Prefiro a realidade das palavras, a ternura colada à voz, a sílaba na frase espontânea, o gemido abraçado ao frio da madrugada, a banalidade suavizada nos ouvidos, o murmúrio soprado sobre a luz de uma vela, ou o dizer acenado no instante da partida.
Não há flores que preencham os espaços gelados do silêncio.





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